Entenda a dinâmica da linguagem falada pelos computadores e como a
informação chega até sua casa
Você que fica aí todo tranquilão
navegando pela web, mandando e-mails, acessando rede sociais, consultando sites
de buscas, já parou para pensar como de fato funciona a grande rede? Dá para
imaginar como os mais de cinco trilhões de megabytes contendo dados virtuais
circulam pelo mundo inteiro?
Quando você acessa a internet, a
primeira coisa que você ganha é um número de identificação, o chamado IP. É o
seu RG no mundo virtual. Agora, como a informação é transmitida de um canto
para o outro? Para isso existem milhares, milhões de cabos de fibra óptica
espalhados pelo mundo. Existem cabos instalados até embaixo dos oceanos,
ligando um continente a outro.
Antes de chegar ao seu
computador, a informação passa por diversos pontos. Literalmente dá a volta ao
mundo em alguns casos, dependendo de onde o servidor com as informações está
localizado. Nesse caminho, elas são picotadas em diversas partes e, no fim do
percurso, o seu computador se encarrega de reunir todos os pedaços para formar
o conteúdo que você vê aí no seu monitor.
"Existem dados que é melhor
você perder e existem dados que não podem ser perdidos. Por exemplo quando você
está vendo um vídeo, é melhor você assistir um borrão do que esperar até que
aquele frame seja reconstituído e atrasar todo o resto. Mas se você estiver
baixando a nova versão do seu navegador, por exemplo, você não pode receber um
arquivo corrompido. Então esse arquivo será retransmitido até chegar
corretamente", explica Demi Getschko, diretor-presidente do Nic.Br.
Os cabos de fibra óptica têm uma
capacidade de transmissão de dados gigantesca. Eles funcionam como grandes
rodovias que encaminham o conteúdo para o destino final. Mas, nesse meio tempo
as informações podem pegar caminhos mais longos ou curtos, depende da
disponibilidade de cada fibra. Imagine que sua informação precisa ir para os
Estados Unidos, mas antes faz uma visita à Europa. Quem faz essa divisão de
caminhos são os roteadores espalhados pelo mundo. Eles têm função parecida com
a dos fiscais de trânsito. Mas o que chama atenção é que tudo isso acontece
numa velocidade impressionante, sem que consigamos perceber qualquer coisa.
É claro que existem buracos
negros pelo mundo, onde a comunicação por fibra óptica ainda não chegou. O
interior do Amazonas é um exemplo, assim como o centro da América do Sul.
Estados Unidos, Europa e China são as localidades com maior capacidade de
tráfego de informações.
No mundo todo são enviados cerca
de 90 trilhões de e-mails e 50 milhões de tuítes por dia. São aproximadamente
234 milhões de sites e 126 milhões de blogs. É muita coisa circulando! Pra que
tudo isso possa continuar existindo e se expandindo, foi criado até um novo
formato de identificação de cada conteúdo e usuário na web, o chamado IPv6.
Isso porque o atual formato, o Ipv4, já está quase sem combinações possíveis.
Ou seja, já há tantos computadores e outros aparelhos conectados à Internet,
que os endereços disponíveis para eles estão chegando ao fim.
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