Os jovens nascidos até o ano
2002, definidos como geração Y ou millennials e os da chamada geração Z, que
inclui os nascidos em anos mais recentes, foram os primeiros a estarem imersos
em tecnologia praticamente desde seu nascimento, o que foi determinante para
o desenvolvimento de seu estilo de comunicação e aprendizagem.
Segundo o artigo “The Net
Generation in the Classroom”, de Scott Carlson, publicado em 2005 no The
Chronicle of Higher Education1, são bem características dessa
geração a facilidade no uso de novidades tecnológicas, a dificuldade em
manter a atenção em algo, a confiança em sua habilidade de fazer várias coisas
ao mesmo tempo, a saturação de informações e a crença de que sabem tudo –
fatores que representam um desafio real para os professores e para a educação
como um todo.
Carlson nota ainda que esses jovens são espertos, mas
impacientes, querendo sempre resultados imediatos. Outras características
importantes: eles estão mais familiarizados com a diversidade do que com o
tradicional (o que se explica em parte pelo amplo acesso à informação permitido
pela tecnologia e pelo fato de crescerem em um contexto em que os modelos
tradicionais estão ruindo – boa parte deles vem de uma família com pais divorciados,
por exemplo).
Isso influencia a maneira como veem os estudos e o trabalho,
buscando frequentemente formas de misturá-los com o lazer e rejeitando
modelos e rotinas engessados.
“Por outro lado, eles têm
sido notados como mais aptos a controlar o próprio aprendizado e escolher
métodos tecnológicos e não convencionais para aprender melhor. O crescimento do
ensino a distância, com o uso de vídeos em vez de aulas presenciais, é um ótimo
exemplo dessa característica”, escreve Scott Carlson. Ainda no tema educação, é
interessante notar que, por terem chegado à escola em uma época em que o
trabalho em grupo era largamente incentivado, esse estilo de trabalho e
aprendizado continua sendo o preferido da maioria.
BIBLIOGRAFIA
PRADO, Ana. Entendendo
o aluno do Século 21 – E como ensinar a essa nova geração. Geekie –
Educação & Evolução, Junho/2015.
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