Publicado em
Quarta, 17 Fevereiro 2016 12:07
Escrito por Flávia
Albuquerque – Repórter da Agência Brasil
O Facebook lançou nesta
terça-feira, 16, uma plataforma que oferece ferramentas para ajudar
adolescentes, pais e professores a evitar e combater o bullying pela rede
social. A Central de Prevenção ao Bullying no Brasil, desenvolvida em parceria
com a organização não governamental SaferNet Brasil e o Unicef (Fundo das
Nações Unidas para a Infância), deve entrar no ar até o final do dia. A central
está dividida em seções inspiradas em situações reais de bullying. Há uma área
para os adolescentes, uma para os pais e responsáveis, uma para os educadores,
uma contendo informações e contatos dos parceiros e uma lista de recursos para
denunciar conteúdos e configurar a privacidade.
De acordo com o diretor de
políticas públicas do Facebook, Bruno Magrani, o grupo já trabalha de diversas
maneiras para tentar fomentar o comportamento respeitoso na rede social e mesmo
já havendo formas de evitar a agressão, essas ações ocorrem depois de a
situação já ter ocorrido. “A grande novidade é que estamos investindo em uma
campanha de prevenção ao bullying e esperamos ter efeitos duradouros. A central
é um guia de dicas e informações para que os três grupos descritos possam
identificar as situações de bullying e saibam o que fazer”.
A oficial do Programa
Cidadania dos Adolescentes do Unicef Brasil, Gabriela Mora, explicou que os
integrantes do projeto trabalham para que o guia faça sentido no contexto
brasileiro e não seja uma simples tradução do que já é feito em outros países.
“Nessa adaptação para o Brasil, fomos ouvir os adolescentes e ver o que fazia
sentido para eles. A grande vantagem da central é que ela investe no diálogo
com o adolescente. O material é um orientador muito flexível que pode ser
adaptado para qualquer forma de esse diálogo acontecer”.
Ela destacou que para tratar
do assunto é preciso estar atento para o fato de que a adolescência tem peculiaridades,
e uma situação de violência psicológica tem muita repercussão na vida do
indivíduo. “Se acontece dentro de uma sala de aula, já tem uma repercussão. Se
acontece online, se perde o controle dessa repercussão, isso tem um impacto
muito maior. É importante respeitar essa fase que é de muita inovação. E é
importante respeitar principalmente a autonomia dos jovens. O que acontece é
que o adolescente está decidindo o que faz online. O controle e repressão não
funcionaria com esse público, por isso é preciso partir para o diálogo”.
(...)
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