Até o final do século 20, os recursos
didáticos utilizados nas escolas se restringiam a livros didáticos, lousa, aula
expositiva e trabalhos em grupo. Hoje, embora recursos multimídia também sejam
usados, as aulas ainda mantêm aquela estrutura em que os conhecimentos, habilidades
e tarefas são apresentados pelo professor e a atividade dos alunos é
receptiva e, em muitos casos, passiva. Embora ainda sejam válidos, esses
recursos não evidenciam ligação com a revolução que está acontecendo fora da
sala da aula – e que afeta diretamente a vida dos alunos, que já adotaram uma
postura bem mais ativa na busca de outros tipos de conhecimento na internet.
O fluxo de informações recebidas
pelos meios tecnológicos e pela conexão constante também está ligado a uma alteração
significativa da capacidade de concentração da geração atual. (...)
Mas já existe um esforço para
adotar a tecnologia na sala de aula, muitas vezes de forma independente e, por
teste dos professores: alguns deles postam aulas e disponibilizam conteúdos
informativos e tarefas utilizando-se das TICs (Tecnologias de Informação e
Comunicação). Além disso, é comum que professores (ou até diretores escolares)
e alunos estendam sua relação para as redes sociais, abrindo caminho para
tirar dúvidas e trocar informações fora do horário de aula.
A pesquisa “Juventude
Conectada” constatou que os jovens se mostram abertos e receptivos à amizade e
ao compartilhamento online de conteúdos com seus professores e outros membros
da hierarquia escolar, valorizando a sua disponibilidade para orientar e tirar
dúvidas por e-mail e Facebook. “Isso aproxima professor e aluno. (...)
A internet também é grande aliada
como fonte de conhecimentos complementares. Cerca de 75% dos jovens dizem já
ter utilizado a rede na escola a fim de obter informações para atividades propostas
em aula. Outros 54% concordam que a internet permite o preparo e a autoavaliação
para provas e testes como o Enem, vestibulares e concursos públicos, e 45%
concordam total ou quase totalmente que na internet aprenderam coisas úteis
para suas vidas ou para o seu trabalho, que não aprenderiam na escola ou mesmo
na faculdade.
“Há, portanto, que se reconhecer
que, para o jovem brasileiro, a internet é uma ferramenta complementar à
escola no seu aprendizado cotidiano, exercendo tanto funções de apoio às rotinas,
procedimentos e currículos educativos formais quanto aportando conteúdos e
saberes que extrapolam os conhecimentos que circulam dentro dos
estabelecimentos de ensino”, conclui o estudo.
BIBLIOGRAFIA
PRADO, Ana. Entendendo
o aluno do Século 21 – E como ensinar a essa nova geração. Geekie –
Educação & Evolução, Junho/2015.
0 comentários:
Postar um comentário